Eu não gosto muito de descrições, pois, convenhamos que é no mínimo difícil tentar definir o que não é estático. Então, eu poderia falar aqui de toda a dinamicidade que isso envolve, do quanto, as vezes, sinto-me aprisionada em meus próprios conceitos e valores e que por causa disso eles são confrontados e revistos. Eu poderia falar sobre as dúvidas, sobre dias que não sei mais no que e em quem acreditar e defender ou em dias em que ergo minha cabeça e grito e ninguém consegue ouvir. Em dias em que faço, mas não é bom e suficiente, em que tento, mas não o bastante para conseguir ou até em um dia, especificamente, em que fiz e senti todas essas coisas. Eu poderia expor aqui todos os sentimentos tortos, mas, envoltos de verdade, os medos reprimidos e dores que perturbam. Mas digamos que isso seria um tanto quanto repetitivo, pois, isso também faz parte de você, faz parte do SER humano e que por isso já podemos até chamar de ‘nosso’. Ah, e falando em ser humano, eu poderia falar sobre todas as palavras e atitudes contraditórias, da complexidade ou também dos sentimentos bons. Das opiniões, dos princípios ou da falta destes. Das palavras desconexas e com sentimento, das palavras articuladas e vazias ou até da mistura delas. Eu poderia falar das atitudes sem sentido ou das atitudes planejadas e que apesar disso, há arrependimento. Eu poderia falar sobre mudança, momentos, sorrisos, sonhos, amizade. Eu poderia falar sobre a vida e o quanto a enxergo diferente de você ou que viver, para mim, é uma revira-volta, uma eterna aventura que perpassa sonhos e realizações/decepções e também das reinvenções resultantes disso! Eu poderia falar sobre tantas coisas enquanto tomamos xícaras de café. Você gosta de café? E isso seria uma boa oportunidade para te ouvir também. Talvez tenhamos tempo para isso.