Mentiras ao vento.

Hoje eu encontrei mais um papelzinho dos milhares que você soltou ao vento. Dá trabalho de juntar, sabia? Dá trabalho de desfazer a imagem que você fez de mim. Isso que você criou para tentar justificar as suas escolhas que agradam apenas a você. Agradam por um período determinado de tempo. Sempre foi assim. Você enjoa. Você troca como se fosse uma mercadoria barata. E você nem é criterioso nisso. Por que se você não inventasse esse ser estranho que eu sou na boca das pessoas, não teria lógica. Não seria racional tomar uma decisão assim. (Numa decisão sempre se tem dois lados e subtende-se que se escolha sempre o melhor em detrimento do outro não tão melhor ou ruim). E como você ia justificar essa decisão? Se ela vai de encontro a isso, ao que é aceito comumente. Seria a mesma coisa de trocar o gato pela lebre.

Se você não tivesse distorcido quem eu sou? Você teria que assumir de cara limpa que a culpa era sua. E isso você não ia fazer mesmo. Você sempre gostou de máscaras. E eu sempre soube que você não tinha coração, nem escrúpulos e que sua palavra valia um vintém, parece que agora está valendo três. Mais uma vez: EU SEMPRE SOUBE. Isso é fato e, portanto, não há argumentos.  Eu me surpreendo como tem gente que ainda acredita em você, que ouve as suas promessas e que acredita. Como tem gente que ouve (de você) e aceita coisas tão absurdas sobre mim sem questionar. É como se eu tivesse sido uma farsa todos esses anos. É no mínimo estranho eu ter me tornado simplesmente (ler-se: complexamente) inversamente proporcional, não acha? Eu aprendi, eu acho que na terceira série, (mesmo sem ter uma mente privilegiada) que a gente tem que ter uma postura crítica diante da vida e não apenas aceitar tudo com passividade; nos inquietar e ir atrás da verdade. Mas isso também dá trabalho, sabia? E eu que ainda era a preguiçosa, não é?

Quer um conselho, querida? Compre alguns sacos para juntar os papeizinhos que ele soltará para tentar justificar o fato de ter enjoado também de você.


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